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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Série de estudos sobre o Livro do Apocalipse - 5ª parte


por: José Augusto de Oliveira Maia
06.10.2014
Os três ai's
O primeiro dos três ai's manifesta-se como uma invasão de gafanhotos, mas que tinham um aspecto muito mais assustador do que simples insetos, e cujo poder causa tormentos indescritíveis, ao ponto de as pessoas desejarem a morte, mas sem a encontrarem; o tempo citado aqui, de 5 meses, faz referência ao período de devastação provocada por gafanhotos durante a seca na Palestina, usando como ilustração uma realidade conhecida pelos primeiros leitores do texto apocalíptico, não devendo este período de tempo ser interpretado literalmente (Apocalipse 9:1 - 12).
O segundo ai manifesta-se pela soltura de quatro anjos, presos junto ao rio Eufrates, os quais estavam preparados para, num momento determinado, destruírem um terço da Humanidade; o rio Eufrates determinava geograficamente o limite oriental do território do povo de Israel; para além do Eufrates ficavam povos inimigos, especialmente a Assíria; a figura deste rio transbordando simbolizava uma invasão do território israelita pelos inimigos, e a mesma figura é usada aqui para simbolizar uma invasão de poderes demoníacos sobre o mundo (Apocalipse 9:13 - 19). 
Em relação ao abismo, se compararmos o texto com a passagem de Lucas 8:26 - 39, podemos compreendê-lo como morada de demônios; sendo assim, os personagens descritos de forma tão terrível nesta visão do Apocalipse seriam demônios, soltos para provocar destruição sobre a Humanidade, chefiados por Satanás, o anjo do abismo.
O aspecto principal deste texto, e o mais relevante, está no fato de que nem toda a Humanidade foi destruída; dois terços sobreviveram, e apesar de tudo o que viram, "nem assim se arrependeram das obras das suas mãos; (...) também não se arrependeram dos seus assassinatos, das suas feitiçarias, da sua imoralidade sexual e dos seus roubos." (Apocalipse 9:20, 21). Note que o juízo de Deus se torna cada vez mais doloroso e real, mas nem assim a Humanidade rebelde afasta-se do pecado; o castigo de Deus sobre estas pessoas passa a ser não só cada vez mais rigoroso, mas cada vez mais justo. Parece que é algo que vivemos bem em nossos dias, pois embora a Humanidade caminhe de mal a pior, sempre em rebeldia contra Deus, e inventando sempre novas formas de destruir a si mesma, nem assim as pessoas param e refletem sobre os acontecimentos, buscando arrepender-se de seus pecados e reaproximar-se de Deus.


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