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domingo, 29 de agosto de 2021

Série de estudos na 2ª Epístola do Apóstolo Pedro - 5ª e última parte

 por: José Augusto de Oliveira Maia

29/08/2021


Esta série de estudos foi ministrada pelo autor deste artigo na Igreja Batista de Pinheiros, na classe de discipulado chamada Classe Beta, para novos convertidos, entre o final de 2020 e o início de 2021.

A VIDA DA IGREJA NA EXPECTATIVA DO JUÍZO FINAL

Na quarta parte de nosso estudo, vimos em II Pedro 3:1 - 10 que o apóstolo apelava novamente à memória dos discípulos, e alertava contra aqueles que negavam o ensino sobre a segunda vinda de Cristo; ele responde a este falso ensino usando o exemplo do Dilúvio, mostrando que a estabilidade de então não assegurava a inexistência do juízo, assim como Jesus também alertou neste sentido com o exemplo de Sodoma e Gomorra; por outro lado, a aparente demora é um indicativo da misericórdia e paciência de Deus, almejando a salvação das almas, e a promessa da segunda vinda de Cristo permanece, pois Deus não mente.

Assim, Pedro conclui sua carta, diante da expectativa do Juízo Final (II Pedro 3:11 - 13), voltando ao ponto inicial, quanto trata do nosso crescimento espiritual (II Pedro 1:5 - 8), sempre sobre o alicerce da fé recebida com a proclamação do Evangelho (II Pedro 1:1); ele insiste que a fé verdadeira no Evangelho de Cristo impede que vivamos uma vida cristã prática inoperante e improdutiva, e assim nosso viver deve ser santo e piedoso, oposto ao viver dissoluto dos que seguem os conceitos do mundo e/ou as heresias ensinadas pelos falsos mestres; com base nessa fé e na promessa de Deus, um dia viveremos em um novo céu e em uma nova terra, onde as virtudes espirituais serão a regra, e não a exceção, para a glória de Deus (Isaías 66:22)!

Pedro segue nos exortando (II Pedro 3:14 - 16) quanto ao zelo pela nossa vida espiritual, e reforça que o tempo de espera reflete a paciência de Deus em prol da salvação daqueles que ainda não se arrependeram (II Pedro 3:8, 9); ele ressalta que seu ensino a este respeito é o mesmo de Paulo, e ao reafirmar a condenação daqueles que distorcem tanto as cartas do apóstolo quanto as "demais Escrituras", Pedro põe em pé de igualdade a autoridade de ambos os textos divinamente inspirados, condenando os falsos mestres e seus discípulos.

Concluindo (II Pedro 3:17, 18), uma vez que temos todo este conhecimento, devemos nos empenhar para não sermos enganados pelos ensinos de falsos mestres (II Pedro 2:18; Tiago 1:21), mas crescermos na graça e no conhecimento de Cristo; não devemos ter esperança em nosso próprio esforço e disciplina para amadurecermos na fé e termos uma vida aprovada por Deus; nossa fé tem que estar única e exclusivamente na pessoa e na obra de Jesus Cristo realizada na cruz por nós, e nossa esperança de redenção deve permanecer firmada somente n'Ele.