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quinta-feira, 23 de julho de 2015

Série de estudos sobre a Bíblia - 5ª parte


por:
José Augusto de Oliveira Maia
21.07.2015


A DOUTRINA DA INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS

No último estudo, falamos sobre a inspiração das Escrituras, comentando sobre a Teoria do Ditado; vimos que, de acordo com esta teoria, Deus teria ditado palavra por palavra dos textos da Bíblia aos autores escolhidos por Ele, enquanto os mesmos estavam em transe sobrenatural; porém apontamos para evidências das Escrituras que enfraquecem esta teoria (Lucas 1:1 - 4; Atos 1:1; I Coríntios 7:25, 39 e 40; Filemon 1:8 e 9), e também para dificuldades de cunho prático.

Então, passaremos a tratar de outros dois pontos de vista sobre como Deus inspirou os autores por Ele escolhidos para escrever a Bíblia: a Teoria da Acomodação e a Teoria da Supervisão.

A TEORIA DA ACOMODAÇÃO

Segundo o conceito da Teoria da Acomodação, Deus se acomodaria às deficiências daqueles que ele escolheu para escreverem Sua revelação. Isto explicaria o uso de conceitos errados do ponto de vista da ciência (por exemplo, a afirmação de que o Sol se põe, sendo que, na verdade, é a Terra que gira ao redor dele, alternando o dia e a noite).

Porém, Benjamim B. Warfield (1851 - 1921), teólogo e acadêmico da Universidade de Princeton, opõe a este ponto de vista o argumento de que a Verdade de Deus não pode conviver com o erro; as fraquezas humanas teriam sido usadas dentro do propósito de Deus ao revelar Sua Verdade (II Cor. 11:30; 12:9 - 10). Warfield ainda acrescenta que se Deus é soberano sobre todas as coisas, com certeza é soberano sobre a revelação que fez de si mesmo àqueles que escolheu para escrever a Bíblia.

A TEORIA DA SUPERVISÃO

De acordo com este ponto de vista, Deus escolheu aqueles através dos quais revelaria Sua Verdade, e conduzido suas vidas de forma a inspirá-los a escrever aquilo que Ele queria que escrevessem, sem anular a individualidade de cada escritor; este ponto de vista é muito mais próximo da soberania de Deus sobre todas as coisas, conforme apresentada na Bíblia.

A supervisão de Deus sobre os escritores bíblicos é defendida em especial acerca de autores do N. T. por John Stott no livro "Homens com uma mensagem" (Editora Cristã Unida, pg. 7).

Um exemplo que Stott cita é o de Mateus; o apóstolo escreve seu evangelho enfatizando sua experiência com o perdão dos pecados por Jesus, em contraposição ao cargo de publicano (cobrador de impostos) do evangelista, alguém que não poderia perdoar dívidas (Mateus 21:28 - 32; 18:21 - 35).

A partir do próximo estudo, veremos princípios necessários à interpretação das Escrituras, e os métodos utilizados.

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2 comentários:

  1. Respostas
    1. Fico muito feliz, Valdenice, por colaborar na sua edificação espiritual; o blog está sempre às ordens; Deus abençoe você!!

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