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sexta-feira, 6 de março de 2015

Série de estudos sobre o livro do Apocalipse - 10ª e última parte

por: José Augusto de Oliveira Maia
06/03/2015
A celebração dos justos
Uma grande multidão é ouvida então, louvando a Deus, e reconhecendo Seu juízo sobre a "grande prostituta" como justo e verdadeiro; o próprio texto demonstra as características justas do juízo de Deus: a grande prostituta corrompia a terra, e tinha em suas mãos o sangue dos servos de Deus; a condenação de Deus sobre ela é definitiva, expressa na frase "A fumaça dela sobe para todo o sempre." (Apocalipse 19:1 - 3); Então, os vinte e quatro anciãos e os quatro seres que estão próximos do trono de Deus concordam com a exclamação da multidão, usando a expressão "Amém, aleluia!" (Apocalipse 19:4).
Estas duas palavras, 'amém' e 'aleluia', são ambas da língua hebraica, falada pelo povo de Israel; a primeira tem um sentido de afirmar que algo é verdadeiro, confiável; a segunda é uma expressão de louvor a Deus; assim, os vinte e quatro ancião e os quatro seres vivos reconhecem  a justiça do juízo de Deus, e expressam seu louvor a Ele por seu juízo e justiça.
João ouve novamente da direção do trono uma voz convidando todos os servos de Deus a louvá-lo, que recebe como resposta a voz de uma grande multidão, proclamando que Deus reina, e anunciando o casamento do Cordeiro com sua noiva, que é a Igreja, não a instituição humana que conhecemos por este nome, seja ela de que denominação for, mas o conjunto dos fiéis a Deus e a Seu filho, Jesus Cristo. A Igreja recebe um vestido para vestir-se, de linho fino, brilhante e puro, representando a maneira de viver dos justos filhos de Deus; você pode comparar este trecho com outras passagens da Bíblia, como Efésios 2:8 - 10 e 5:25 - 27; leia também Mateus 22:1 - 14; aqui, você verá Jesus contando uma estória sobre um casamento, onde os convidados são uma expressão figurada para a Igreja (Apocalipse 19:5 - 9).
O versículo 10 traz para nós dois elementos muito importantes: o primeiro, o ato de João cair aos pés do anjo para adorá-lo, pelo que o anjo o repreendeu, dizendo: "Não faça isso! Sou servo como você e como os seus irmãos, que se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus. Adora a Deus. O testemunho de Jesus é o espírito de profecia.". Portanto, vemos que o próprio anjo ensina que apenas Deus deve ser adorado. O segundo ponto importante é esta última frase do anjo: "O testemunho de Jesus é o espírito de profecia."; podemos entender esta afirmação no contexto de todo o Apocalipse, que fala o tempo todo dos que guardaram o testemunho de Jesus Cristo, foram perseguidos por isso, e no fim dos tempos reinarão na glória de Deus; assim, a profecia do Apocalipse é um testemunho acerca de Jesus e do plano de redenção da Humanidade realizado através dele por Deus.

Completando o processo de redenção iniciado por Cristo na cruz, Sua volta é descrita com detalhes pessoais, mostrando-o como Rei dos reis e Senhor dos senhores, qualificado a exercer o juízo de Deus, tanto sobre a Humanidade rebelde, quanto sobre a besta e o falso profeta. Aquele que é "Fiel e Verdadeiro", cujo nome é "a Palavra de Deus", julga e guerreia com justiça. Mas além destes nomes, Cristo possui um nome que somente Ele conhece. A batalha de Cristo contra a besta, os reis da terra e seus exércitos não é descrita com o uso de armamentos de qualquer espécie, mas a única arma é uma espada afiada, que sai da boca de Cristo, simbolizando a sentença da condenação divina contra os rebeldes. Estes são mortos por esta sentença, enquanto a besta e o falso profeta são lançados vivos no lago de fogo, que arde com enxofre (Apocalipse 19:11 - 21).

O reino de mil anos

A prisão de Satanás abre espaço para o reino milenar de Cristo e dos salvos; porém, uma breve libertação de Satanás ao final dos mil anos o conduzirá para sua condenação final (Apocalipse 20:1 - 10).

Após esta derrota final de Satanás, um grande trono branco é visto, e o julgamento dos mortos é realizado; livros são abertos, cujo registro das ações dos mortos serve de base ao julgamento; outro livro, o da vida, também é aberto; a morte e o inferno são lançados no lago de fogo, assim como todos aqueles cujos nomes não estão escritos no livro da vida (Apocalipse 20:11 - 15; 21:8).

A noiva (ou esposa) do Cordeiro, a Cidade Santa, a Nova Jerusalém, é a representação ideal do povo de Deus redimido; os nomes das doze tribos de Israel nas portas, e os nomes dos doze apóstolos nos fundamentos, indicam a unidade da revelação divina e a autoridade das Escrituras Sagradas, Antigo e Novo Testamentos, revelação entregue pelos profetas e apóstolos de Deus e de Cristo à Igreja, preservada e anunciada por ela (Apocalipse 21:1 - 27). Tudo então é transformado (Apocalipse 22:1 - 5).

Uma advertência final sobre as palavras desta profecia; elas não devem ser seladas, ou seja, o acesso a elas é livre, significando que seu anúncio pela Igreja deve ser franco e aberto a todas as nações, de tal forma que todos possam vir a conhecê-la, arrependendo-se e alcançando a salvação; o atualmente chamado "Evangelho inclusivo", que quer incluir todos no Reino de Deus, não encontra base nas Escrituras Sagradas, uma vez que "ficarão de fora os cães, os que praticam a feitiçaria, os que cometem imoralidades sexuais, os assassinos, os idólatras e todos os que amam e praticam a mentira". Ou seja, todo aquele que não se arrepender de seus pecados e não buscar a salvação de sua alma somente pela fé no sacrifício de Cristo, ficarão de fora (Apocalipse 22:6 - 21).

Considerações finais

Um estudo como este sobre o livro do Apocalipse leva-nos à seguinte constatação: a rebelião contra Deus sempre esteve presente na História da Humanidade, e acentua-se com o tempo, à medida em que o ser humano avança em sua pretensa independência de Deus, foca apenas o momento presente, e rejeita sistematicamente a mensagem de salvação do Evangelho de Cristo. Porém, o que vimos como resultado previsto é o castigo final dos rebeldes, e uma bem-aventurança certa para aqueles que, "persistindo em fazer o bem, buscam glória, honra e imortalidade." (Romanos 2:7).

A Jesus Cristo, Deus "deu o nome que está acima de todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai." (Filipenses 2:9 - 11); e "não há salvação em nenhum outro, pois debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos." (Atos 4:12).

As palavras não seladas desta mensagem são o anúncio da salvação em Jesus Cristo, que devem ser pregadas pela Igreja, "aguardando e apressando-se para a vinda do dia de Deus, em que os céus em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão; mas nós, segundo Sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça." (II Pedro 3:12, 13).

Que Deus sustente sua Igreja nesta caminhada peregrina, sacrificial e gloriosa!


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